domingo, 14 de março de 2010

Um dia a gente ainda aprende...

Que sorrir é legal.
Que cumprimentar com um sorriso faz bem à alma.
Que o bom é ser leve e tratar as coisas com leveza.
Que amar é o maior barato, e o único barato que não custa nada, mas que vale o máximo.
Que ser leal faz bem ao coração.
Que trair com palavras ou em pensamento é trair.
Que a vida é mais, muito mais do que aquilo a que a reduzimos.
Que viver não é simples, mas é bom.
Que ter autocontrole nos diz que na nossa vida é a gente quem manda.
Que à frente de duas ou mais escolhas a fazer, a mais difícil é normalmente a certa.
Que nossos pais são as pessoas mais importantes de nossa vida, independentemente do que sejam pra gente, simplesmente porque nos deram nosso bem mais precioso, nossa vida.
Que nossos filhos são nosso fruto mais precioso, porque nós lhes demos o bem mais precioso que eles têm, a vida.
Que o legal é honesto, e primeiro, de cara, conosco mesmos.
Que fila é pra ser seguida logo atrás do último que esteja a formá-la.
Que a gente é babaca, otário, ignorante, pobre e cruel (principalmente cruel) quando tem qualquer preconceito, inclusive contra quem tem a pele escura ou é financeiramente pobre.
Que ser orgulhoso, prepotente, presunçoso é nossa maior ilusão, já que irremediavelmente morreremos, e ficaremos velhos e, para muitos, feios, isto se não morrermos antes.
Que o maior prazer da vida é justamente o que resulta da consciência de se estar vivo.
Que namorar deve ser para toda a vida.
Que ir à balada é um estado de espírito, não de idade.
Que a vida é pra ser vivida com paixão.
Que ter mais ou menos experiência na vida não significa ser mais ou menos maduro.
Que a única correspondência entre idade e maturidade está no “dade”.
Que a maturidade deve (talvez) estar no espírito (na alma), que nunca morre (re-encarna), e que (talvez) por isto haja jovens maduros e velhos infantis.
Que não se ensina a amar, mas se aprende.
Que há amores e amores, amigos e amigos: tudo é relativo.
Que homem e mulher são naturalmente (por natureza) muito diferentes; e ser assim tem uma lógica divina, logo natural.
Que desejar a fidelidade do outro é tão natural quanto a propensão à infidelidade de ambos; assim, entre ser fiel ou infiel, melhor ficar com a primeira: é mais nobre e é o que você deseja seja o outro a você.
Que quando a gente sente incômodo pelo sucesso dos outros a gente está sendo invejoso.
Que quando a gente não sente admiração pelo sucesso de um amigo a gente está sendo invejoso.
Que a ausência de bons princípios é como o deserto: o único oásis que se encontra é miragem.
Que democracia não é apenas a garantia da liberdade de dizer o que se quer, mas de ter a oportunidade de ler e ouvir o que a ditadura da mídia grande não diz.
Que a auto-estima deve ser ensinada, ou perseguida; e quando aprendida, ou encontrada, deve ser pra sempre cultuada.
Que quando a gente dá mais valor ao que é dos outros é a auto-estima que se perde.
Que a nossa história é a parte mais importante de nossa raiz.
Que o futebol é um esporte diferente, porque desperta paixão mais do que os outros.
Que não é porque o seu time de futebol do coração é circunstancial e injustamente mais pobre e naturalmente menos bem sucedido do que aquele, que lhe é rival, que você vai trocá-lo por este, ou dividir com ele o seu coração.
Que ter paz deve ser mais importante do que ter saúde, porque sem saúde é possível ter paz, mas sem paz a gente adoece.
Que a paz, a felicidade, o bom-humor só podem ser buscados dentro da gente.
Que nada se compara a ter Deus no coração; e tampouco se explica.
Que envelhecer com os pais vivos e ver os filhos envelhecendo são as maiores dádivas e os maiores prazeres que se pode desfrutar nessa vida.
Que amar e ser amado por alguém é um privilégio que de tão grande não pode ser medido.
Que ter no mínimo um amigo verdadeiro é o máximo.
Que amizade verdadeira é um amor que nunca vai acabar.
Que ter um amor amigo é o “cúmulo” da graça de Deus.
Que o melhor amigo é aquele que está por perto, não necessariamente de corpo, mas de alma.
Que cada mágoa sofrida e não guardada é ótimo remédio contra doenças.
Que a gente tem que agradecer a Deus, todos os dias, pelo que a gente é e tem.
Que Deus está em todos os lugares, inclusive dentro de você.
Que não somos melhores (nem piores) nem maiores (nem menores) do que ninguém.
Que ter uma boa aparência física é um presente, sim.
Que cultuar a aparência física é uma enorme ilusão.
Que ir a um estádio de futebol, a uma hora feliz (happy hour), a um cinema ou teatro, à praia, a um barzinho jogar conversa fora é bom demais da conta.
Que comer deve ser devagar, porque para o prazer não pode haver pressa.
Que ficar em casa fazendo nada, ou alguma coisa que se queira, pode ser muito prazeroso.
Que ler é viajar pra lugares impossíveis, sem mover um centímetro pra isto, e aprender muitíssimo da vida, sem precisar de professor ou de escola.
Que para ter prazer na indisciplina é preciso ser disciplinado.
Que esteja a gente onde e com quem estiver, não pode deixar de estar com a gente.
Que contemplar a natureza é calmante e traz bem-estar.
Que ser feliz e ajudar os outros a serem é a nossa única e verdadeira missão nesta vida.
Que receber (e merecer) um elogio verdadeiro faz um bem danado.
Que receber (e merecer) uma crítica sincera e desinteressada ajuda a crescer.
Que não há nada de mal em sentir-se e ficar triste com algo triste, ou em sofrer com algo que faz sofrer; o que faz mal é viver em estado de tristeza ou sofrimento.
Que é preciso saber a hora de começar, de recomeçar (se o caso), e de parar; e se a hora de parar chegou, ou passou,... Pare. Parei.
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Tb postada no sítio http://www.talentos.wiki.br/


7 comentários:

Joyce disse...

Que bom que você terminou essa crônica e, principalmente, que bom que você postou. Eu li, reli no intuito de retirar algum trecho para enfatizar qual eu mais gostei... Entretanto, não soube fazer pois cada trechinho é verdadeiramente verdade, cada trechinho descreve bem a realidade.
Não tem como te ler e não te elogiar!! São duas coisas que estão ali... Andando de mãos dadas! Mais uma vez: PARABÉNS.

Beijos

André Falcão de Melo disse...

Que bom que você lê, e até opina, e até gosta, e até elogia. E até ensina, quando quem (te) lê sou eu. Muito obrigado.
Bj

Káthia Oliveira disse...

Gosto e concordo quando você fala sobre autoestima.
Outro dia, conversando com uma amiga, falei isto mesmo; autoestima deveria ser ensinada. Deveria fazer parte da grade curricular de colégios, pois quando esta formação fosse deficiente em casa ,a criança o teria na escola.Quantas pessoas tem suas vidas complicadas , travadas e prejudicadas nos relacionamentos , no trabalho e até na saúde devido à baixa autoestima. Concordo : “ensinada,perseguida,cultuada”
beijo,Káthia

André Falcão de Melo disse...

Brigado, Káthia! Sempre aqui prestigiando... Valeu, mesmo! bjo

Fred (Brasília) disse...

André, desculpe as poucas vezes que acesso seu blog, mas agradeço as poucas vezes que leio e por acaso, ou não, encontro pensamentos que estão a me afligir. Tu és um cara porreta. Abração.

Aída disse...

OI Andre!!!
Como sempre arrasando... Uma vez uma pessoa que conheco aqui em Londres me disse que so conhecia dois brasileiros de sucesso aqui e mencionou uma cara que tem um restaurante e outro la que nem lembro mas que fez grana e me incluiu com ele como mal sucedidos.... pra mim sucesso e ser feliz e fazer o que gosto e aproveitar todas as experiencias e aprender com elas... me afastei, pois eu sou bem sucedida!!!
Coloquei isso aqui pois esse texto me lembrou muito isso....
Beijos
Aida

André Falcão de Melo disse...

É, Aída... Não somos a maioria, mas ainda existem os que pensam e sentem como nós.
Brigado por seu comentário!
Beijão!