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A mais recente novidade é a difusão de que não houve arrastão, ontem, domingo/18. Sim, tudo não teria passado de boato irresponsável e criminoso, realçado e nutrido pela sociedade maceioense. Maceió, portanto, não fosse pela sociedade — que deu voz ao boato de que o arrasto grande se fazia propagar —, permaneceria tranquila e segura como sempre tem estado nos últimos anos, a despeito das mentiras que propagam. Resumo da ópera: a sociedade é a culpada. Não houvesse a sociedade, seria perfeita. Mas como uma cidade sem sociedade? Eita!, é mesmo...
Por outro lado, lendo uma reportagem da Gazeta Web, verifiquei relatos de que teria, sim, havido o arrastão azul — uma amiga, no Facebook, assim batizara (não entendi...) aquele ato de vandalismo. Teriam atestado a existência do arrasto-grande-azulado um guarda municipal, um motorista de ônibus, um escrivão de polícia, uma doméstica e um gerente de loja (os nomes de cada um estão lá, no sítio referido).
Observei, também, inexistir notícia, na mesma notícia, de que sofressem de algum distúrbio mental ou emocional, ou mesmo fizessem parte desses irresponsáveis propagadores do nefasto boato — a despeito de integrantes da sociedade maceioense, o que já é um indício de que estejam mentindo.
Observei, também, inexistir notícia, na mesma notícia, de que sofressem de algum distúrbio mental ou emocional, ou mesmo fizessem parte desses irresponsáveis propagadores do nefasto boato — a despeito de integrantes da sociedade maceioense, o que já é um indício de que estejam mentindo.
Isto me faz recordar um dileto amigo, ex-empresário do ramo de panificação, então proprietário de um estabelecimento ali na Ponta Verde, pertinho da Praça Lyons. Na verdade, vejo agora, mais um boateiro neurótico e visionário. O sujeito teria desistido do comércio porque a sua padaria (o estabelecimento, por favor!) fora assaltada mais de vinte vezes. Sim, vinte vezes! Queixas à polícia, câmera e segurança na loja. Não adiantou. E não aguentou. Após o último assalto, ameaçado de morte com o cano de 38 na cabeça, fechou as portas. Observe-se, diria ele pra mim, que isto ocorrera na Ponta Verde, onde haveria policiamento. Imagina na periferia... Vai acreditar no cara? Claro que não, né? Mais um mentiroso.
Por outro lado, mesmo fosse verdade o que dizia o meu amigo, mesmo que esses assaltos e seqüestros que se sucedem no estado não fossem fantasia, mesmo que Maceió fosse, mesmo, a capital mais violenta do país (haja invenção!), uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Arrastão, não! Nem vem que não tem!
Hummm... Sabe o que é que eu acho, mesmo? Assim, sinceramente? A medrosa e irresponsável sociedade deu ressonância a esses fantasiosos e criminosos boatos só pra se vingar. Só pode ser. Chato, isso...
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(*) Não sou chegado a postar nada com palavrão (bobeira minha, certamente), mas essa do Humor da Terra tem tudo a ver.
Também publicado no jornal impresso Gazeta de Alagoas, pág. A-4, de 20/12/2011
Também publicado no jornal impresso Gazeta de Alagoas, pág. A-4, de 20/12/2011