quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nunca duvidem da ADVOCEF

Feito o convite, e prontamente aceito — como doravante narrarei melhor —, vi-me numa autêntica sinuca de bico, num quase inexpugnável mato sem cachorro. Aliás, não imagino no que a Kika, a cadelinha-irritada-azuretada-poodle que mora conosco desde o ano 2000 (velhinha, já, acho), iria ajudar-me se me deparasse no mato com ela, mais desorientada do que eu, como o é. Mas alguma serventia deveria ter, cachorra (desculpem, cadela) que é, caso contrário a frase não viraria chavão (nome horrível, por sinal). Falar nisso, havia me prometido contribuir empenhadamente pela extirpação definitiva de clichês e chavões. Mas como fazê-lo, sem criatividade, sem disposição intelectual, sem brilho como me encontro? Ainda mais, ironia das ironias, para escrever no fascículo de número sem, ops!, cem, da revista!...

Sinceramente! Não, sinceramente, não. Porque é claro que é sinceramente. Se sinceramente não tem porque não ser, desnecessária a ênfase. Mantê-la, aliás, pode, por isto mesmo, até depor contra. Assim, refaço o início, para simplesmente afirmar: senti-me honrado. Isto, isto mesmo: honrado. Senti-me. Feliz, diria mais. E sinto-me, porque também estou, deveras(!) aperreado, uma vez atrasado no cumprimento do compromisso que me honrou.

A honra se deve ao convite para fazer uma singela homenagem em forma de crônica ao fascículo de nº 100 desta Advocef em revista. O que poderia responder? Aceito (como lá atrás ventilei)! Essas coisas não costumo titubear. É sim. Depois a gente vê... Mesmo sabendo que seria uma enorme furada, afinal também tinha a indisfarçável consciência de que nem de longe atenderia ao tanto de que eram merecedores a homenageada, o seu centésimo fascículo e a sua brilhante equipe — desde os notáveis colaboradores, colegas de profissão e de crônicas e contos, passando pelos responsáveis pelas belíssimas ilustrações (Ronaldo Selistre), capa, contracapa e projeto gráfico (Eduardo Furasté), pela editoração eletrônica (José Roberto Vazquez Elmo), pelas ótimas matérias jornalísticas (Mário Goulart Duarte – Jornalista Responsável, e Manoela Andrade – Jornalista Assistente) e Conselho Editorial de escol. Aliás, por favor, meu caro Mário, não me diga que não vou poder citá-los e ao amigo, como de outra vez fizeste, quando a você me referi outrora. Já os citei. E agora não deleto mais.

Eu dizia que são 100 fascículos, completados agora, mas a bela história da revista começou lá atrás, antes até dela mesma, com o então Jornal da Advocef (nos anos 1990). Somente em 2001 surgiu o Boletim da Advocef, agora já a revista, até ter o nome e a formatação atual.

Interessante destacar que a Advocef sempre enxergou a necessidade premente de criar uma mídia que lhe conferisse maior visibilidade, que se tornasse um eficiente canal de voz, seja em face da administração da CAIXA, seja em face dos próprios advogados da empresa. Tanto assim o é que criada a associação em agosto de 1992, já no ano seguinte circulava o primeiro fascículo do Jornal.

Em pouquíssimo tempo, portanto, desde o surgimento da nossa Associação, os advogados da CAIXA ganharam um periódico corporativo que dignifica e orgulha a sua profissão, a sua luta, a sua história, o seu conhecimento técnico-jurídico, a sua excelência. Um excelente periódico para uma excelente corporação.

Não vou negar, porém, que é para as páginas da crônica ou do conto que primeiro parto assim que recebo meu exemplar mensal. Por razões decerto óbvias. Aqui tenho lido belos exemplos de literatura. Daquela literatura dos que não têm tempo para ela, mas a trazem amarradas a si, como um fardo tão solitário quanto prazeroso, para afinal encontrar, aqui, o espaço para o alento do desaguar.

Falando nos textos literários e no espaço que lhes abre a Revista, não espanta tenha parido uma filha bela, a Revista de Literatura da ADVOCEF (2010), trabalho gráfico excelente, de conteúdo primoroso, perfilando, em síntese sugestiva, o talento do pessoal que trabalha na área jurídica da CAIXA. Tive a alegria de ver dois contos meus incluídos entre as obras da antologia. Não é difícil entender porque me seria impossível negar a escrita dessas mal traçadas linhas (ah!, os clichês...).

Quanto às matérias técnico-jurídicas e jornalísticas, estrelas maiores da Revista, nada ficam a dever a qualquer periódico corporativo publicado. Antes, é um orgulho, como o é ser advogado da CAIXA.

Falando na querida cliente e patroa, cuja defesa diuturna realizamos com tanto denodo, dedicação e competência, encerro a crônica, parafraseando o Presidente da empresa, para dizer aos que eventualmente possam não ter acreditado na nossa Associação e em sua força, da qual esta Revista é um dos mais caros emblemas: nunca mais duvidem(os) da ADVOCEF.
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*Publicada, sob encomenda, na Revista da ADVOCEF (Associação Nacional dos Advogados da CAIXA), edição de Junho/2011

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