domingo, 6 de dezembro de 2009

O meu amor

Um dia voltarei a falar de amor. Engraçado: de cara já o digo. Esse tema, quase tão bom quanto desconhecido... Se nunca sobre ele falo, diretamente (ao menos), é porque me sinto a tanto incompetente, ou pouco capaz. Mas posso dizer, dentro dessa minha ignorância, ou dessa minha inábil maneira de lidar com esse sentimento, que sou exclusivista demais. A verdade é que, percebo, pra mim não há remédio; ou, à falta de, remediado está.

Meu amor é indiviso. É exclusivista. Meu amor é quase (melhor diria, meio) possessivo. Meu amor é amor de macho. Sim!, ... meu amor é amor de homem-bicho, homem no sentido de ser da natureza, de ser humano... Meu amor, pasmem, sente ciúmes. Detesta (ou, pior, não aceita) que outros possam estar a desfrutar de uma intimidade do corpo do ser amado (visual que seja) que só deve por ele ser vivida. Meu amor tem uma generosidade duvidosa. É que meu amor espera receber amor igual. Meu amor não é doação. Meu amor é reciprocidade. Exata, no mínimo. Meu amor é forte, é singular, é passional. É egoísta, é declarado. Mas meu amor é sensível, é compreensivo, é generoso, é solidário. Meu amor é forte, é pulsante, é vida, é exigente. Meu amor precisa sentir-se amado. Meu amor não admite esmola, não aceita dádiva generosa, não permite favor. Meu amor, porém, é leal.

Acho que, numa palavra, posso assim conceituar o amor que sinto, o amor que me faz vibrar, o amor que me lembra estou vivo como nunca. E acho que é essa característica que faz por perdoar os defeitos do meu amor, da minha capacidade de amar. É..., meu amor é leal. Tão forte, tão pulsante,... quanto leal.

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Foto: http://reflexuspn.blogspot.com/2006_08_01_archive.html

8 comentários:

Anônimo disse...

Perfeito, completo, maravilhoso. Parabéns!!! Ana.

André Falcão de Melo disse...

Muito obrigado, Ana! Embora credite seus elogios a excesso de gentileza sua, fico muito grato pela visita e pelo comentário.
Ah! Vc esqueceu de por o seu e-mail (se for possível...). Caso não queira inseri-lo, para não divulgá-lo, eu não o publicarei.
Abração e volte sempre!

André Falcão de Melo disse...

Hehehe... Nem uma coisa, nem outra, meu caro amigo Fred! Quer dizer..., amor sempre é, né? Pq qdo se fala de amor, não há como não senti-lo.
Abração!
'brigado pela visita e pelo comentário!

luciana disse...

Lindo Andre, adorei.

André Falcão de Melo disse...

'brigado, Lu! Volte sempre, viu?

Joyce disse...

É incrível a tamanha habilidade e inteligência que você tem para escrever sobre qualquer tipo de assunto. Você está sempre numa eterna evolução: consegue escrever uma crônica melhor do que a outra. Que orgulhoooo!!
Bjos

André Falcão de Melo disse...

Orgulho tenho eu de ter uma leitora linda, inteligente, carinhosa, ... embora um tanto exagerada no elogio que me faz, ou no que sobre mim pensa.
Bjão e muito obrigado!

Anônimo disse...

Nada acontece por acaso. Agora descobri um blog muito bom , de uma pessoa com muita sensibilidade. Fica com Deus ! Waleska