domingo, 9 de novembro de 2014

Amigo

Houve um tempo em que imaginei as verdadeiras amizades seriam eternas. E nesse sentido sempre me tive como alguém privilegiado. Boas amizades, e poucas. Ter poucas, inclusive, veio reforçar o privilégio que imaginei ter.

Já tive oportunidade de dizer, já a tive até de escrever. Já me imaginei tendo um amigo pra vida toda. Um amigo que soubesse de mim. Amigo é tão importante. A minha sorte é que nunca deixei de ter um.

Já tive amigos de todas as características. Mas uns dois, ou três, ou quatro, novos ou velhos, de antes, ou de agora, os tive. Tive até aquele que, pelo companheirismo, pela presença, física, inclusive, pelas risadas, pelas tristezas, pelo amor (é, pelo amor), sempre esteve comigo. Aquele que cria era e sempre seria talvez o meu maior amigo. Junto com outros que a ele se somassem, que fosse. Mas ele seria.

Aí você pensa o que fazer com todo aquele amor. Aí você pensa que tem que aprender a lidar com aquela ausência. Aí você pensa que continua amando, mesmo assim. Aí você pensa que esse tal de amor é uma merda, e não é, exato porque é amor. Aí você quer mesmo é que esse amigo seja feliz. Mesmo que você não participe dessa felicidade. Aí você, triste e com saudade o seja, que seja, reza por ele.


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