domingo, 4 de outubro de 2015

Amor e amizade, por gosto*

*Tb pub no Caderno SABER, do jornal GAZETA DE ALAGOAS, de 03.10.2015

Nunca pensei que amizade fosse mais importante do que o amor. Acho que assim deduzi intuitivamente. Apesar das poucas e boas amizades. Ou baseado no amor de então. Mas até por ser de então, negaria o que digo. Não sei. Mas nunca pensei.

Pra mim o amor sempre esteve acima de tudo. Na pior das hipóteses seria tão importante quanto. Quanto ao que houvesse a ser comparado. O amor pra mim sempre foi o máximo. Mas até por ser assim, o próximo, se existisse, negaria o que digo. Não sei. Mas pra mim sempre esteve acima.

O amor sempre esteve além. Nada se igualaria. Nem a amizade. Nem a maior das amizades. Talvez porque o amor, o verdadeiro amor, pra mim sempre ocupasse o posto maior também na amizade. Nunca consegui entender o amor que não fosse amigo. Para ser amor, teria que ser amigo. O mais amigo. Mas nem por isto seria excludente. Até por ser amor.

Fui descobrindo, talvez por sorte, que amizades e amores sempre são substituíveis. Não que sejam descartáveis. Mas quando você pensa que são eternos, e (ainda) não são, a vida sempre lhe brinda com a possibilidade de nova amizade e novo amor. Acho, por isto, que o único amor e a única amizade eternos são aqueles que você tem quando morre. Serão eternos, aqui.


Gosto da ideia de amor eterno. Gosto também da de amizade eterna. Gosto mesmo é de ser amado. Muito amado. Amor e amizade. Porque gosto de amar.

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